O Supremo Tribunal Federal avança na questão do porte de maconha, buscando definir a quantidade específica que diferenciará o uso pessoal do tráfico.
A proposta de quantidade para uso pessoal varia entre 25 e 60 gramas ou até seis plantas fêmeas de cannabis. Uma média sugerida é de 40 gramas, balanceando os votos dos ministros.
A descriminalização do porte para uso pessoal mantém o ato como ilícito, mas altera as consequências para medidas administrativas, evitando penas criminais como serviços comunitários ou reincidência penal.
O STF ressalta que não está legalizando a maconha. O uso ainda é considerado ilícito, e a decisão foca em mudar a abordagem para o problema, não incentivando o consumo, mas reconhecendo a necessidade de novas estratégias frente ao aumento do uso e do poder do tráfico.
A decisão influenciará cerca de 6 mil processos atualmente suspensos, esperando a resolução do Supremo. A distinção clara entre usuários e traficantes visa desafogar o sistema judicial e focar os esforços no combate ao tráfico efetivo.
A análise se baseou na Lei de Drogas de 2006, que já eliminava a pena de prisão para usuários, substituindo-a por sanções alternativas. A decisão do STF visa esclarecer e aplicar estas sanções de maneira apropriada, sem criminalizar o usuário.
Como escritório de advocacia especializado, destacamos a importância de estar informado sobre essas mudanças significativas na lei, pois elas impactam diretamente a gestão de casos relacionados a drogas e a defesa dos direitos individuais em um cenário legal em evolução.